terça-feira, 30 de junho de 2009

Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: Perspectivas sociolinguísticas

A Criança compreende seu modo de escrever, mas não consegue compreender o que lhe é transmitido.

"A Criança compreende o que faz, mas não pode compreender o que os outros fazem. Também não pode compreender a informação que recebe."

O Professor precisa isentar a visão pré formulada de que a criança tem uma deficiência de cultura ou formação e esquecer o pensamento de que a criança chega vazia, é preciso estar atento ao "leque de habilidades" que a criança formula antes de iniciar-se na escola.

Linhas de ação

Abordagem tradicional

Baseia-se nos métodos de alfabetização introduzidos nas escolas brasileiras no final do seculo 19. O professor é o agente principal e a criança tem um papel assivo. Ela apenas absorve o que é ensinado. valoriza o acúmulo de informação e a memorização, por meio de atividades de terino, repetição, e cópia.


Construtivismo

Baseia-se nas teorias de desenvolvimento e aprendizadgem desenvolvida pelo teorico suíço Jean Piaget e aperfeiçoada por especialistas como a argentina Emília Ferreiro. Defende que a construção do conhecimento é uma realização individual. O aluno é o agente do processo, e o professor é um supervisor, a quem cabe propor novos desafios conforme a criança atinja diferentes etapas do seu desenvolvimento.

Socioconstrutivismo

Ele foca a inte­ra­ção. ­Segundo ­Vygotsky, todo apren­di­zado é neces­sa­ria­mente ­mediado – e isso torna o papel do ­ensino e do pro­fes­sor mais ativo do que o pre­visto por Pia­get. O apren­di­zado não se subor­dina ao desen­vol­vi­mento das estru­tu­ras inte­lec­tuais da ­criança, mas um se ali­menta do outro, pro­vo­cando sal­tos qua­li­ta­ti­vos de conhe­ci­mento. O ensino deve se ante­ci­par ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de apren­der sozi­nho. É a isso que se ­refere um de seus prin­ci­pais con­cei­tos, o de "zona de desen­vol­vi­mento pro­xi­mal", que seria a dis­tân­cia entre o desen­vol­vi­mento real da ­criança e ­aquilo que ela tem poten­cial de apren­der, ou entre "o ser e o tor­nar-se".

Contextos da alfabetização na sala de aula

A Visão construtivista e a socioconstrutivista ajudou a modificar a visão tradicional que descrevia as crianças como imaturos e necessitados de preparação antes de aprender.

No construtivismo e o socioconstrutivismo os meninos e meninas são expostos a diversidades de materias impressos, tem contatos com adultos lendo e escrevendo, estão dispostos e motivados a participar dessas atividades interagindo com a fala e leitura de textos em voz alta.

Folhear um jornal ou uma revista, ver um filme, manipular livros e textos ouvir leituras em voz alta, reproduzir textos longos, observar dicionário, todos esses pontos são importantes para o contexto da alfabetização, a informação recebida são processadas e assimiladas pelas crianças e ajudam no processo de leitura e escrita.

O aluno alem de ler, tem que perceber o que é, e para que se destina o texto, por exemplo um dicionário ele não é necessariamente para ser lido de forma continua, temos que informar ao aluno que ele é um livro para consulta e orienter e estimular a antes de pesquisar no dicionário esgotar as possibilidades de saber o significado da palavra. É necessario que o aluno conheça a estrutura do texto, importante ele saber distinguir o que é um verso ou poema, um texto de revista em quadrinhos, uma bula de remédio, conhecer o tipo de organização do texto, os espaços entre linhas e os parágrafos, ou seja, identificando a estrutura ele poderá reproduzir e trabalhar de forma mais fácil e simples.

Ao utilizar esses recursos em sala de aula o professor também tem que estar atento para não deixar seus alunos somente como observador, ou seja, ao utilizar todos os contextos de leitura e escrita ele precisa certificar-se de que o aluno alem de observar ele irá participar e se envolver com o projeto, porque observar não pode ser somente um ato passivo, e o professor tem que estar pronto para questionar, pois o processo de escrita não é mecanica, ela precisa de interação, e questionando o professor tem a capacidade de fazer o aluno pensar.

A criança mesmo antes de aprender a ler e escrever é capaz de distinguir a diferença entre oral e escrita, ela não tem dominio da escrita mais pode ditar frases para o adulto escrever. Pode modificar uma historia em quadrinhos que tenha escutado e identifica o nome e a figura.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Gênero Textual e Tipologia Textual

Ao procurar referências sobre esse assunto me deparei com dois nomes, por coincidência dois Luiz, o primeiro é o de Luiz Carlos Travaglia, Professor e Doutor de Língua Potuguesa e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia e o segundo é o Professor Luiz Antônio Marcushi, Professor de linguística da Universidade Federal de Pernambuco. Tentei resumi, abaixo, os pensamentos sobre o assunto


Marcushi - "Gênero Textual é definido como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica."


Quando Marcushi defini Gênero textual dessa forma, me remete a trazer o exemplo de jornais e revista, pois temos no jornal e na revista textos que são publicados com agilidades, com notícias reais do nosso cotidiano e que estão ali para comunicar e informar. Ele ainda cita alguns exemplos de gêneros textuais, como:Aviso, comunicado, edital, informação e citação, todos com uma função social.

Travaglia - "Gênero Textual se caracteriza por exercer uma fu
nção social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que o gênero é usado em momentos específicos de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informações sobre um concurso público, por exemplo."

Tipologia textual Para Marcushi é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de usa composição. Tipo textual pode ser Narração, argumentação, exposição, descrição e injunção.

Já para Travaglia, Tipologia textual é aquilo que pode instaurar um modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas que podem variar.

" O Trabalho com textos e com diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa."(Luiz Carlos Travaglia)


"...Não é possível ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes." ( Luiz Antônio Marcushi)